Os desafios do Gestor Municipal, para os pré-candidatos a prefeitos de Caicó e do Seridó
O que é ser “um bom prefeito”?
Não há muitas diferenças entre
administrar uma cidade e uma empresa. Os desafios, tanto para
prefeitos, como para empresários, incluem não apenas a gestão de
recursos financeiros, abrigam temas como a busca por melhores condições
de trabalho para os colaboradores, os cuidados com o meio ambiente, o uso
parcimonioso e ético dos recursos, o respeito à gestão dos recursos huma- nos que com eles colaboram. Este quadro, resumidamente, se completa para
os gestores municipais, diante da necessidade de convivência diária com o
jogo político local, além das relações junto à sua comunidade e, ainda, junto
aos governos estadual e federal. Portanto, amplia-se um pouco mais o grau
de exigências a serem enfrentadas por um administrador municipal.
A Constituição da República de 1988, entre outras medidas positivas
para uma nova era no país, integrou os municípios brasileiros no conjunto
federativo – outorgou-lhes autonomia política, legislativa, administrativa,
financeira e organizacional. Definiu também as competências, direitos e
obrigações dos municípios, além de relacionar os princípios que norteiam
a Administração Pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade
e eficiência. Com isso, surgiriam novas grandes responsabilidades ao
gestor municipal, cabendo-lhe, entre outras funções executivas, o planejamento,
a coordenação, o controle e a avaliação de suas prerrogativas.
Para cumprir bem esta missão de zelar por direitos fundamentais do cidadão,
como as área da saúde, educação, moradia, segurança da população,
além de administrar a cidade de modo a promover permanentemente a melhoria
da qualidade de vida a seus moradores, o chefe do executivo municipal
precisa desenvolver suas capacidades para perceber, entender, analisar,
criar, comunicar e interagir com a comunidade, os gestores, a equipe de
trabalho da prefeitura, além dos representantes legais da Câmara Municipal.
Sem essas condições não se pode empreender com êxito, negociar, gerenciar,
incluir o município de modo competitivo neste novo cenário, onde
as informações são geradas em escala planetária e circulam cada vez mais
em quantidade e velocidade muito superiores à possibilidade humana em
absorvê-las. Mas tais competências são determinantes para os bons resulta- dos que se espera de um gestor municipal.
Por outro lado, as ações municipais passaram a ser, obrigatoriamente,
objeto de reflexão por parte do coletivo do município.
Desta reflexão sur- girão caminhos a serem trilhados na ação municipal, materializados na
forma de programas que resultem em oferecer bens e serviços que aten- dam as demandas da comunidade; estabelecer relação entre os programas
a serem desenvolvidos e dar orientação estratégica às ações do município.
Além disso, ao estabelecer as ações para um novo século, ficou patente
Adm. Sebastião
Luiz de Mello
Francisco Alves de
Amorim
Deputado Sebastião
Bala Rocha
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que prefeitos devem nortear a alocação de recursos nos orçamentos anuais
de forma compatível com as metas e recursos do município e facilitar
o gerenciamento das ações de governo, atribuindo responsabilidades pelo
monitoramento destas ações e pelos resultados obtidos, dando, sobretudo,
transparência à aplicação de recursos e as metas alcançadas.
Portanto, nesses novos tempos, os gestores municipais devem, acima de
tudo, administrar no sentido de novas metas que serão devidamente cobradas
pelos cidadãos, entre elas: propor meios de garantir e incentivar a
participação da sociedade na gestão municipal; apontar rumos para o desenvolvimento
economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente
equilibrado; criar soluções para a melhoria da qualidade da gestão pública,
tornando-a mais apta a utilizar os recursos e a prestar melhores serviços à
população; apresentar diretrizes e instrumentos para que os investimentos
em saneamento, transporte coletivo, saúde, educação, equipamentos urbanos,
sejam adequadamente distribuídos e beneficiem toda a população;
propor ações direcionadas à proteção do meio ambiente – mananciais, áreas
verdes e zelar – pelo patrimônio histórico municipal.
Administrar um município brasileiro, seja ele o menos ou o mais desenvolvido,
significa uma árdua tarefa para prefeitos que assumem pela primeira vez
este posto. Por mais preparado que esteja para atuar, o novo prefeito estará
à frente de um mundo habitado por conceitos próprios, rotinas específicas,
intricada legislação e um emaranhado de informações que ganham nova dimensão
no quadro atual do desenvolvimento econômico e político do país.
É exatamente buscando atender a esses gestores municipais que o Conselho
Federal de Administração (CFA), o Instituto Brasileiro de Administração
Pública (IBAP), a Comissão de Trabalho, Administração e Serviços
Públicos da Câmara dos Deputados (CTASP) e a Frente Parlamentar Mista
para o Fortalecimento da Administração Pública uniram esforços para
elaborar este Guia da Boa Gestão do Prefeito. Nele, estão informações que
devem servir como facilitadoras das suas rotinas e dos procedimentos do
dia a dia de uma prefeitura.
Este pretende ser o livro de cabeceira do prefeito, com o qual será muito
mais fácil e agradável administrar a sua cidade.
Adm. Sebastião Luiz de Mello
Presidente do CFA
Francisco Alves de Amorim
Presidente do IBAP
Deputado Sebastião Bala Rocha Presidente do CTASP
Encontre aqui o Guia completo: http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/guia-da-boa-gestao-do-prefeito/GUIA_PREFEITOS.pdf
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