Brasil Unido pela Gestão Pública Eficiente e sem corrupção

Muito se tem falado sobre aplicação correta dos recursos públicos. Não somente no que diz respeito ao indispensável combate à corrupção, mas, também, no que concerne aos resultados práticos de melhorias para o cidadão que paga impostos. A discussão sobre a eficiência da máquina pública, entretanto, não é nova. Num passado não muito distante, entre o final dos governos militares e o início de redemocratização brasileira, fomos apresentados à palavra de otimização e desburocratização dos serviços públicos. 

Hoje "consolidada a democracia",  estabilizando-se e organizando-se a economia, é chegado o momento da priorização da gestão pública. E uma gestão pública eficiente passa pela diminuição efetiva da desburocratização, mas muito mais que isso. É também a profissionalização e a modernização da gestão de recursos materiais e humanos. É, enfim, a busca incessante de um Estado produtivo pleno, onde os recursos públicos sejam aplicados com transparência, racionalidade e eficácia. 

É dentro desse paradigma que assumimos a presidência da Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública. Entendemos que, até agora, a participação do Legislativo nesse assunto foi tímida, para não dizer mínima. O Congresso Nacional é o símbolo da democracia e, por conseguinte, dos debates dos grandes temas nacionais. Nesse sentido, procuramos a sociedade organizada para juntarmos esforços com os poderes Executivo e Judiciário em busca da pro- fissionalização da gestão pública brasileira para buscarmos a ampliação desses objetivos para o âmbito dos governos estadual e municipal. 

A reinvenção da gestão pública ainda é muito incipiente nos mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros. Um grande desafio da Frente é estimular as administrações estaduais e municipais a adotarem práticas mais modernas e eficientes de gestão. Afinal, boa parte dos impostos arrecadados é gasta no âmbito dos estados e municípios, onde nem sempre, até hoje, foi dada a devida atenção no que diz respeito à preparação da mão de obra disponível. 

Faz-se necessário que busquemos os reais anseios do cidadão que está na ponta e que usa no dia a dia os serviços essenciais sobre os quais o poder público é o responsável. Todos precisam ter consciência de que o foco é no contribuinte, ou seja, reconhecer que, por mais que a verba seja repassada, o atendimento de saúde, transporte e segurança, no geral, pode não ser eficiente porque nem sempre o recurso é bem gerido. Nossa ideia é criar fóruns de discussão não apenas no Congresso Nacional, mas descentralizar o debate, levando-os aos estados e municípios. Para tanto, criamos as coordenações nacionais e comissões temáticas regionais, com encontros de âmbito local, as quais nos encaminharão suas conclusões para serem levadas em conta no momento da elaboração da proposta global de modernização da gestão pública brasileira.

Fonte:http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/guia-da-boa-gestao-do-prefeito

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