Antes de morrer, Teori Zavascki havia alertado Lula que 'tinha amplo conhecimento' sobre seus crimes na Petrobras
A morte do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki foi um dos mais emblemáticos momentos da Lava Jato. Cercado de suspeitas, o caso ganhou contornos ainda mais relevantes após a indicação do ministro Edson Fachin para substituir Zavascki na relatoria dos processos da Lava Jato no Supremo. Fachin, conhecido como "O Ursão de Dilma", foi apontado como homem da JBS no STF por ter chegado ao cargo graças ao patrocínio dos açougueiros criminosos de Goiás, que mais tarde teriam um controverso acordo de delação premiada homologado pelo próprio Fachin.
Na ocasião da morte do ministro Teori Zavascki, o ex-presidente Lula divulgou uma nota bastante tímida para se manifestar sobre a morte do ministro em um trágico acidente de avião. O petista afirmou que "O Brasil perdeu hoje um cidadão que honrou a Magistratura em todos os postos que ocupou. Minha solidariedade à família do ministro Teori Zavascki e aos membros do STF", limitou-se o ex-presidente Lula a comentar.
O petista era um desafeto de Zavascki. Em um dos episódios mais tensos envolvendo as manobras do ex-presidente Lula para fugir do juiz Sérgio Moro, o ministro do Supremo chegou a perder a paciência com Lula. Zavascki afirmou que o ex-presidente Lula tentava por diversas vezes ‘embaraçar investigações’ da Lava-Jato.
O ministro do Supremo mandou ainda um recado para Lula, lembrando-o que a "Corte possui amplo conhecimento dos processos (inquéritos e ações penais) que buscam investigar supostos crimes praticados no âmbito da Petrobras". Apesar de ter revelado que o Supremo possuía conhecimentos sobre os crimes de Lula, desde a morte de Teori Zavascki, a Corte não tomou nenhuma providência contra o petista.
"Tal quadro revela a insistência do reclamante (Lula) em dar aos procedimentos investigatórios contornos de ilegalidade, como se isso fosse a regra. Nesse contexto, é importante destacar que esta Corte possui amplo conhecimento dos processos (inquéritos e ações penais) que buscam investigar supostos crimes praticados no âmbito da Petrobras, com seus contornos e suas limitações, de modo que os argumentos agora trazidos nesta reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações", escreveu Teori na ocasião.
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