ONGs defendem convergência para avançar no debate sobre água

Ambientalistas e organizadores do 8º Fórum Mundial da Água se reuniram em evento organizado pela SOS Mata Atlântica para debater o engajamento da sociedade civil no Fórum, para o qual são esperados mais de 40 mil participantes, entre representantes de governos, da sociedade civil, empresários e especialistas. O evento aconteceu na sexta-feira passada (15), em São Paulo.




Glauco Kimura, consultor de conteúdo do 8° Fórum fez uma apresentação sobre a organização do evento e o seu funcionamento. “Cerca de 400 instituições de vários países estão realizando eventos preparatórios para a construção do Fórum em um processo aberto e democrático”, explicou Kimura. Estamos no Brasil, que tem 12% da água doce superficial do mundo. Então, temos que trabalhar a água na lógica da sustentabilidade. Esse tema é uma inovação do Fórum no Brasil”, concluiu.

O diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse que a participação da sociedade civil é uma característica a ser ressaltada das experiências brasileiras. “O que nos diferencia de todos os modelos [do mundo], que tínhamos em torno de políticas públicas da gestão da água, é a garantia da participação da sociedade civil, dos segmentos organizados nos comitês de bacias. Temos que levar essa experiência para dentro de um evento como esse”, afirmou.

Samuel Barreto, Gerente Nacional de Água da TNC (The Nature Conservancy Brasil) e também do Movimento Água para São Paulo. “Essa é uma ótima oportunidade para que divergências sejam deixadas de lado e para que governo e sociedade civil busquem um caminho para o bem comum, para a utilização da água com a consciência de todos”, ressaltou.

O Instituto Trata Brasil, formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país, também esteve no encontro. Para o coordenador de comunicação do instituto, Rubens Filho, esse alinhamento entre as entidades é extremamente importante, pois são elas que conhecem a realidade brasileira. “Essas organizações têm capacidade de transmitir para os chefes de estados a real situação que o Brasil está vivendo: alta crise política e financeira. É necessário juntar esforços por essa causa”, disse.

Para organizar as demandas e estruturar as próximas iniciativas das organizações, os participantes decidiram elaborar um documento para definir a participação na Vila Cidadã, espaço do Fórum dedicado à sociedade civil. O grupo discutiu sobre os mecanismos existentes para que os temas e pautas da sociedade cheguem ao Fórum Mundial da Água.

Outras organizações que participaram do encontro foram: Aliança pela Água, Biobrás, Engajamundo, IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade), Instituto Akatu, IPESA (instituto de Projetos e Pesquisas Socioambientais), Observatório de Governança da Água, Rede Paulista de Educação Ambiental, WWF, além das universidades UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) e Uninove. Lideranças e voluntários que atuam no monitoramento da água dos rios da Mata Atlântica também estiveram no encontro.

O 8º Fórum Mundial da Água é organizado pelo Conselho Mundial da Água (WWC), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional das Águas (ANA) e Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa). A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) é integrante do Comitê Organizador Nacional (CON). Saiba mais sobre o Fórum.


Fonte: Com informações da Agência Brasil e da comunicação da SOS Mata Atlântica.

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