Principais aspectos e possibilidades de reuso das águas residuárias do município de Caicó-RN

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Os principais aspectos e possibilidades de reuso das águas residuárias do município de Caicó, situado na microrregião do Seridó Oriental que possui cerca de 70 mil habitantes (IBGE/2015) e segundo dados da CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do RN, a água distribuída diariamente para toda zona urbana gira em torno de 4 a 8 milhões de litros de água tratada diariamente, deste total, a companhia, só consegue tratar com o atual sistema de esgotamento sanitário, menos de 10% das águas oriundas dos esgotos gerados das mais ou menos 20 mil residências cadastradas legalmente no município.
Nesta perspectiva, sabemos que as possibilidades de reaproveitar águas por meio do reuso, se configura hoje como uma das grandes alternativas provenientes dos processos de tratamento de esgoto como acontece no município de Santana do Seridó -RN, podendo ser reutilizada para fins menos nobres, como, por exemplo, descargas em sanitários, lavagens de ruas, praças, paisagismo, e até mesmo como água potável, dependendo da demanda necessitada como está escrito no livro da disciplina “Reuso de Águas Residuárias” (IFCE/ANA). Neste sentido, é importante cada município assuma responsabilidades neste aspecto e a população seja informada dos benefícios que o reuso pode trazer na gestão dos recursos hídricos de um município, região ou Estado.
Deste modo, os estudos, conceitos e a legislação dos aspectos pertinentes ao reuso de águas são de grande importância para a implementação de novos projetos que surjam ou possam reutilizar todo e qualquer tipo de água na maioria dos municípios brasileiros, no tocante a de esgotamento sanitário que não são reaproveitadas, muitas vezes sequer é tratada, descarregada nos mananciais totalmente in natura.
Portanto, o reuso de água significa não só a recuperação de água poluída, mas, a reutilização de água servida para outros fins e, acima de tudo, uma questão de consciência ambiental e responsabilidade social por parte da população, concessionárias, sobretudo, dos governantes por se tratar do aproveitamento de um bem natural antes tratado como infinito e abundante, hoje, devido à má distribuição, gestão e o crescimento da população, um bem finito, desprovido  de cuidados, preservação e aplicação da legislação que faça valer os novos estudos que apontam para a escassez dos recursos hídricos, destacando também a pouca ou falta de políticas de fiscalização, preservação das fontes, APPs  e  mananciais essenciais para o ciclo hidrológico.
Por Flávio Modesto, especializando em Recursos Hídricos - IFCE/ANA

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