PF prende Henrique Eduardo Alves, ex-ministro de Temer e Dilma


Henrique Eduardo Alves ri na companhia de Aécio Neves, Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures e também Eduardo Cunha, durante reunião no Congresso, em 21/05/2009 - Roberto Stuckert Filho / O Globo


RIO — A Polícia Federal (PF), junto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal prendeu, prendeu Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na manhã desta terça-feira. Alves é ex-ministro nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer e também ex­-presidente da Câmara dos Deputados. A ação, batizada de Operação Manus, ainda está em andamento e é desdobramento da Lava-Jato, com base nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. A investigação mira atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal. O sobrepreço nas obras chega a R$ 77 milhões.


Há um total de cinco mandados de prisão sendo cumpridos. Um deles é contra o próprio Henrique Eduardo Alves. Outro, contra o também ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que já está preso no Paraná. Há 80 policiais federais nas ruas para cumprir 33 mandados judiciais — cinco são de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.

A investigação foi iniciada após análise de provas em etapas da Lava-Jato, que, segundo a PF, "apontavam solicitação e efetivo recebimento de vantagens indevidas" por dois ex-parlamentares. Eles atuariam para favorecer duas empreiteiras envolvidas na construção do estádio para a Copa do Mundo. Alves e Cunha teriam recebido propina.

O recebimento dos recursos indevidos seria por meios eleitorais. De acordo com a Polícia Federal, foram identificados valores como doação oficial, entre 2012 e 2014, que seriam pagamento de propina. E também identificou-se que valores supostamente doados para a campanha de um dos alvos em 2014 foram desviados para benefício próprio. Houve afastamento de sigilos fiscal, telefônico e bancário dos alvos para avançar nas apurações.

A Operação Manus foi assim batizada em referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: "uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra". Está prevista para as 10h uma entrevista coletiva da Polícia Federal do Rio Grande do Norte (RN) para fornecer mais detalhes da operação.



HENRIQUE ALVES

Na Operação Catilinárias, em 2015, a casa do ex-ministro dos governos Dilma e Temer, Henrique Eduardo Alves, já havia recebido policiais para o cumprimento de mandado de busca a apreensão. Os investigadores apuraram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no favorecimento de duas empreiteiras responsáveis por construir a Arena das Dunas, em Natal.

O mandado de prisão contra Alves foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Ele foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, e pediu demissão em junho de 2016 após ser citado em delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Em 2014, Alves concerreu ao governo do Rio Grande do Norte, mas foi derrotado no segundo turno. Ele é mais um aliado do presidente Michel Temer a ser preso.


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