🌍 COP 2025 no Brasil: o que está em jogo e por que você deve prestar atenção



Em 2025, o Brasil será palco de um dos encontros internacionais mais importantes do século: a Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). O evento reunirá líderes políticos, especialistas, empresários, sociedade civil e organizações ambientais de todo o mundo com um único objetivo: encontrar caminhos conjuntos para enfrentar a crise climática.

Muitos já ouviram falar da COP, mas poucos compreendem realmente o que acontece por trás das manchetes ou qual é a importância prática dessas reuniões para o futuro do planeta.

O que são as COPs? As Conferências das Partes são encontros anuais entre os 197 países que integram a UNFCCC, acordo internacional firmado em 1992, no Rio de Janeiro, durante a Eco-92. Desde então, cada COP se tornou um espaço central de negociação sobre compromissos climáticos.

Foi em uma COP, por exemplo, que nasceu o Protocolo de Kyoto (1997) e, mais recentemente, o Acordo de Paris (2015), que estabeleceu a meta global de limitar o aquecimento a bem menos de 2 °C, com esforços para mantê-lo em 1,5 °C.

Apesar de parecer distante do dia a dia das pessoas, a COP é estruturada de forma a permitir:

  1. Negociações oficiais: governos discutem e firmam compromissos climáticos globais, como metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e financiamento climático para países em desenvolvimento.

  2. Espaços paralelos: pavilhões e arenas onde ONGs, empresas, povos indígenas, cientistas e ativistas apresentam propostas, projetos e soluções.

  3. Acordos setoriais: setores como energia, agricultura, transporte e cidades discutem compromissos específicos.

Ou seja, a COP não é apenas sobre líderes mundiais assinando documentos. É também sobre pressão, influência e construção de caminhos práticos para enfrentar as mudanças climáticas.

       A COP oferece diversas portas de entrada para quem deseja participar do debate climático:

  • Governos: negociam oficialmente e assumem compromissos que impactam diretamente as políticas nacionais.

  • Sociedade civil: movimentos sociais e ONGs pressionam por metas mais ambiciosas e cobram transparência.

  • Empresas: apresentam tecnologias e soluções verdes, mas também precisam ser cobradas por coerência e responsabilidade socioambiental.

  • Academia e ciência: fornecem dados e estudos que fundamentam as decisões políticas.

  • Cidadãos comuns: mesmo sem estar presente, cada pessoa pode acompanhar, cobrar seus representantes e aplicar mudanças no seu cotidiano.

Receber a COP 2025 é, para o Brasil, mais do que uma vitrine internacional. É uma responsabilidade. Como país detentor da maior floresta tropical do planeta e grande potência agrícola, o Brasil terá de mostrar liderança: equilibrar preservação ambiental e desenvolvimento econômico sustentável.

O mundo estará olhando não apenas para os discursos oficiais, mas também para as políticas concretas de combate ao desmatamento, de incentivo às energias renováveis e de valorização dos povos tradicionais que protegem os ecossistemas.

As decisões tomadas em uma COP não ficam restritas a diplomatas ou ambientalistas. Elas influenciam o preço da energia, a forma como as cidades são planejadas, o financiamento para projetos ambientais e até a qualidade do ar que respiramos.

Compreender o objetivo e o funcionamento da COP é fundamental para que mais pessoas possam identificar onde agir, como cobrar e como contribuir.

A COP 2025 no Brasil é uma chance única de aproximar a sociedade desse processo global. Mais do que um evento diplomático, é um chamado para que todos — governos, empresas, comunidades e cidadãos — participem da transformação necessária para enfrentar a crise climática.

O futuro será definido em negociações como essa. A questão é: vamos assistir de longe ou ser parte ativa da mudança?


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