Temer diz que votação da reforma da Previdência será no dia 18 ou 19 na Câmara dos Deputados

Durante eventos em SP, presidente disse que seu 'bom humor' vem da confiança na aprovação da reforma, e que não cogita adiamento da votação para 2018.

Por Tatiana Santiago, G1 SP
 
Michel Temer diz que a reforma da Previdência deve ser votada na Câmara a partir de 18/12
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (8) em São Paulo que a votação da reforma da Previdência está marcada para os dias 18 ou 19 de dezembro na Câmara dos Deputados e que o governo espera votar o tema no Senado em fevereiro.
"Há convicção de que precisamos fazer agora [a votação] na Câmara dos Deputados para, na sequência, realizá-la no Senado Federal em fevereiro", afirmou.
Pela manhã, o presidente participou de um evento da indústria química em um hotel da Zona Sul de São Paulo e defendeu o diálogo com o Congresso. À tarde, esteve em um encontro do setor elétrico e eletrônico e voltou a fazer "pregação em favor da reforma".
"Foi uma boa oportunidade também de fazer uma pregação em favor da previdência mostrando que ela não prejudica ninguém, nem mesmo aqueles que hoje detém melhores salários no serviço público, mas que, entretanto, terão que fazer uma previdência complementar."
Ele pediu ainda apoio aos empresários para convocar deputados ligados ao setor para votarem a favor da reforma. Solicitou ainda aos empresários que façam uma "força-tarefa" e liguem para os deputados pedindo votos. "É preciso que os senhores saiam a campo: conhece um deputado, liga para ele", defendeu. "Faz uma força-tarefa", disse.
Temer ressaltou que a reforma interessa especialmente ao setor empresarial. "Com toda franqueza, vejo os amigos empresários, a quem realmente interessa a reforma da Previdência, nos dizendo 'nós somos a favor'. Mas mais do que a favor, eu gostaria de pedir a vocês: saiam em uma frente de trabalho. Porque nós temos nesta semana, marcado agora para 18 ou 19, a votação. Os senhores todos que tiverem contato com os colegas, amigos deputados, senadores, que tanto ajudaram o governo, podem convencer desses argumentos. Mas é preciso mostrar que vocês continuam nos dando o apoio, mas nós apoiamos a Previdência", salientou.
Temer esteve presente em evento da indústria química em SP (Foto: Globo News/reprodução)Temer esteve presente em evento da indústria química em SP (Foto: Globo News/reprodução)
Temer esteve presente em evento da indústria química em SP (Foto: Globo News/reprodução)
Temer defendeu que a refoma "fará o Brasil caminhar" e que ser contra a modificação na legislação é ser "a favor da manutenção dos privilégios", afirmou.
Temer criticou o que ele chama de “falsas informações” que circulam na internet e chamou a abordagem dos temas nas redes sociais de “um horror”.
"É natural que o deputado fique preocupado. Começam a espalhar, como espalham muitas vezes: agora o trabalhador privado só vai se aposentar quando estiver com 110 anos. Isso pega. Essa história de rede social é um horror. Pega. Botam uma caveirinha: 'acabei de me aposentar'. Como se estivesse morrido. Essas inverdades machucam aquele que vai entrar no processo eleitoral."
O presidente afirmou que quem combate a reforma deve assumir que é a favor da manutenção dos privilégios.

'Bom humor'

Ao final da agenda na capital paulista, o presidente falou rapidamente com a imprensa. Indagado sobre as chances de a reforma ser votada somente em 2018, ele afirmou que não trabalha com tal possibilidade: "Não vou cogitar isso. Só vou cogitar [os dias] 18 e 19".
Ele disse ainda que está confiante na aprovação. "Meu bom humor vem exatamente disso, do fato de que estamos pegando votos. Estamos colhendo votos."

Popularidade em baixa

Temer declarou que os temas polêmicos enfrentados vigorosamente pelo governo foram aprovados e hoje produzem bons resultados como o teto dos gastos públicos e a Reforma Trabalhista.
“Não vamos pensar que a economia reage por simpatia ao presidente da República, por simpatia ao governo, não. Reage diante de dados concretos”, disse.
O presidente disse que está tentando colocar o Brasil “nos trilhos” e ressaltou que não tem que praticar medidas populares, referindo-se à Reforma da Previdência.
“Não temos que praticar medidas populares. Há uma diferença entre medidas populares e populistas. As medidas populistas são aquelas de natureza governamental que visa, digamos assim, serem aplaudidas hoje e se desgastarem amanhã, e é o que se fez muito no nosso país. As medidas populares são aquelas que você se volta para o povo, mas não para o aplauso imediato. Você faz as questões ou edita os atos necessários para o progresso do país e esses atos serão reconhecidos depois”, argumentou ele sobre a impopularidade da reforma previdenciária.

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