A FARSA DO “DESENVOLVIMENTO LIMPO”: O PREÇO ALTO DA ENERGIA EÓLICA E A GANANCIA DOS PREFEITOS E PROPRIETÁRIOS ÀS CUSTAS DOS IMPACTOS NEGATIVOS PARA O MEIO AMBIENTE E PARA AS PESSOAS QUE MORAM E VIVEM PRÓXIMAS A ESTAS COMUNIDADES.

 

Políticos e empresários do mercado de energia nos vendem a ideia de que a energia eólica é símbolo de progresso, sustentabilidade e futuro verde. Mas o que pouco se fala é sobre o rastro de destruição silenciosa** que esses parques eólicos estão deixando no meio ambiente e nas comunidades do interior como é o caso da Serra da Formiga e o projeto Ventos de São Gonçalo.

Para erguer torres gigantes de ferro e concreto, nossas serras estão sendo desmatadas, pequenas nascentes soterradas e ecossistemas inteiros alterados. As abelhas — fundamentais para a polinização e a produção de alimentos — estão morrendo, desorientadas pelas vibrações e pelo barulho constante das turbinas. Pássaros migratórios têm suas rotas interrompidas e muitos são mortos pelas hélices.

O que era para ser “energia limpa” está sujando a vida rural: produtores relatam queda na produção de leite, ovos e mel, além de prejuízos nas lavouras e até de peixe quando os projetos são feitos no mar. Os animais sentem o impacto sonoro e vibracional das torres; o gado, as aves e até os insetos sofrem com um ambiente que já não é natural.

E as comunidades? Prometeram emprego, progresso e renda. Mas o que chegou foi barulho, poeira, rachaduras nas casas, perda da tranquilidade e do sustento.

Estamos vendo um desenvolvimento de fachada, onde poucos lucram e muitos perdem. O verdadeiro progresso precisa respeitar as pessoas, os animais e a natureza — não destruí-los em nome do lucro, até porque já existe energia sobrando e o prejuízo por isso já chega a cinco bilhões só este ano no Brasil.

É hora de abrir os olhos Caicó, Cruzeta e todo Seridó: energia limpa não pode nascer da destruição. 🌿⚡ Um enxame de abelha vale muito mais que um projeito inteiro de eólica!